quarta-feira, 6 de junho de 2012

ALERTA GERAL




Depois do Bar do Binho, Sarau Poesia na Brasa pode ter sede fechada por Kassab

Publicado em 4 de junho de 2012   ·   3 comentários
Espaço na Brasilândia, na zona norte, recebe multa da prefeitura após ter pedido de licença negado 
Por Igor Carvalho
Sarau Poesia na Brasa é realizado no Bar do Carlita, que pode ser fechado (Foto: Sbischain)
Na segunda-feira passada (28), o poeta Binho foi obrigado a fechar seu bar, onde funcionava, há oito anos, o Sarau do Binho, tradicional ponto de cultura da zona sul. A Prefeitura de São Paulo alegou a existência de sucessivas multas, que acumulavam R$ 8 mil, embora os organizadores tentassem obter a licença de funcionamento, seguindo todas as orientações para adequar o espaço. O alvo, agora, é o Bar do Carlita, que recebe em seu espaço o Sarau Poesia na Brasa, organizado quinzenalmente na Brasilândia, zona norte de São Paulo.
O bar recebeu uma multa de R$ 3,5 mil da prefeitura, por não ter o alvará de funcionamento. Assim como no caso do Bar do Binho, Carlita, o proprietário, já tentou conseguir uma licença, porém não teve êxito. Vagner Souza, um dos integrantes do coletivo Poesia na Brasa, acredita que há relação entre os dois fatos. “A desculpa da prefeitura é a mesma, o alvará. Eles estão perseguindo quem promove uma cultura de enfrentamento.”  Os organizadores e Carlita ainda não conseguiram pagar a dívida, porém temem por novas multas.
No último sábado (02), durante o Sarau Poesia na Brasa, Vagner deixou claro que o grupo vai resistir e alertou: “Há, aqui na nessa rua, outro bar que não foi sequer visitado pela fiscalização. Isso é perseguição política, vai saber quantos bares na Vila Madalena não têm alvará.” No dia 13 de junho, às 12h, vai ocorrer um Sarau-Protesto em frente à Prefeitura de São Paulo. Os organizadores pedem que os manifestantes levem uma poesia para declamar e vão pedir a reabertura do bar.

Um comentário:

  1. Pois é ... além de lutar para viver dignamente, temos que lutar pelo direito de expressão.

    Até quando, camarada ?

    Abç
    Savasini

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