quinta-feira, 30 de junho de 2011

É NÓIS NA FLIP !

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PALAVRAS DA RUA

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Dia 10 julho domingo 11hs

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Pedras, várzea, quebradas, sarau, Maria e João, café com leite,

facão, corre-corre, poesia, vira-lata...

Sérgio Vaz produz e

apresenta um espetáculo de poesia com autores que conhecem

as ruas de São Paulo e escrevem sobre elas

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Com Marcelino Freire, Rodrigo Ciríaco, Cocão e Sérgio Vaz

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Casa de Cultura de Paraty

Rua Dona geralda, 177 Centro Histórico

Entrada franca


ANIVERSÁRIO DO SARAU DA BRASA

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clique no cartaz para ver a programação

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quarta-feira, 29 de junho de 2011

HOJE É DIA DE SARAU DA COOPERIFA

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"O Sarau da Cooperifa é quando a poesia desce do pedestal

e beija os pés da comunidade." SV

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SARAU DA COOPERIFA



Hoje 20hs45


*Exposição "Poesia Magnética"

Ímãs de geladeiras


Bar do Zé batidão

Rua bartolomeu dos Santos, 797 Jd. Guaujá

Periferia-SP




segunda-feira, 27 de junho de 2011

OFICINA DE POESIA NA COMUNIDADE

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Inscrições limitadas

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foto: edu toledo


OFICINA DE POESIA



Povo lindo, povo inteligente,vou dar uma oficina básica de poesia "leitura e criação poética" nos dias 5, 11 e 12 de julho na comunidade (das 20hs às 22hs grátis), mas é aberta a todas as pessoas interessadas.



Inscrições aqui no Blog.


Endereço:

EMEF mauro Fácio Gonçalves Zacarias
Av. raquel Alves Moreira, 823 Jd. Guarujá/
Periferia - SP



Infs. Com Rose Dorea 93428687
Inscrições limitadas

SARAU DA COOPERIFA TEM TEMPORADA NO SESC BERTIOGA

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AGENDE-SE!

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SARAU DA COOPERIFA TEM PEMPORADA NO SESC BERTIOGA



Dias 3, 24 e 31 de julho (20hs30) aos domingos



No ano que completa 10 anos de atividades poéticas na periferia de São Paulo, a Cooperifa leva para o CCSP uma pequena mostra do que acontece nas noites de poesia no Bar do Zé batidão



Endereço do SESC Bertioga:

Rua Pastor Djalma da Silva Coimbra, 20, Bairro Jardim Rio da Praia.

Telefone: (13) 3319-7700 / fax (13) 3319-7701.

Grátis



SARAU DA COOPERIFA NO CENTRO CULTURAL SÃO PAULO

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SARAU DA COOPERIFA NO CENTRO CULTURAL SÃO PAULO


Dia 1 de julho 19hs30


No ano que completa 10 anos de atividades poéticas na periferia de São Paulo, a Cooperifa leva para o CCSP uma pequena mostra do que acontece nas noites de poesia no Bar do Zé batidão


Sala Adoniran Barbosa

Rua Vergueiro, 1000 Paraíso

SP-SP

Entrada Franca

300 lugares

sexta-feira, 24 de junho de 2011

quinta-feira, 23 de junho de 2011

TERÇA-FEIRA TEM LANÇAMENTO DO ROMANCE DA ELIANE BRUM

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BORA TODO MUNDO?

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Belo soco no estômago


A escritora Cíntia Moscovich comenta a estreia em ficção da jornalista Eliane Brum


Em 11 anos de Zero Hora e nos 10 anos como repórter especial da revista Época, Eliane Brum tornou-se conhecida por revestir sua linguagem com toques francamente afetivos – desobediência a uma das caras bases do jornalismo e, ao mesmo tempo, condição indispensável à literatura. Em Uma Duas, Eliane chega a um grau de excelência formal que supera eventuais tensões entre gêneros: seu primeiro livro de ficção é um soco na boca do estômago. Sem, no entanto, deixar de ser belo.
A dupla central do romance é formada por uma velha, Maria Lúcia, que rechaça qualquer manifestação de afeto de sua filha, Laura, uma jornalista que abre talhos no corpo para aliviar a dor de uma ligação promíscua e violenta com a própria mãe. Valendo-se de três vozes narrativas, cada qual identificada por uma fonte de letra (o que, afora a impressão em laranja do miolo do livro, causa o estranhamento inicial), Eliane dá feição a essas duas mulheres – e às variantes de ficção e metaficção que as duas escrevem –, além de recorrer a um narrador em terceira pessoa, que acompanha e comenta as ações.
Dependentes uma do sofrimento da outra, peças móveis num jogo de espelhos que ambas manipulam, mãe e filha protagonizam um enredo impactante, conduzido com uma linguagem que, embora cedendo à necessidade da escatologia, raras vezes perde a elegância ou a força. Valendo-se de um sentido de realidade que chega ao exaspero e de um talento para a crueza desabrida, sem nenhum interesse para conceder o que quer que seja, Eliane fala das solidões e de uma espécie de desesperança com os vínculos humanos, inclusive com os que deveriam ser os mais nobres e incondicionais.
Gaúcha nascida em 1966 em Ijuí, hoje colunista do site da Época e cronista do site Vida Breve, com quase 50 prêmios jornalísticos conquistados e três livros de não-ficção no currículo (Coluna Prestes: O Avesso da Lenda, A Vida que Ninguém Vê e Olho da Rua – Uma Repórter em Busca da Literatura da Vida Real), Eliane sempre buscou contato com o comum das pessoas. Extraindo do horror cotidiano sua matéria, a autora faz com que suas personagens, por mais vis que pareçam, se agarrem à vida.

Uma cena é emblemática, a epifânica revelação em que Laura leva a mãe para o hospital e, ao cruzar o jardim do prédio, vê o movimento da rua, as mulheres a passear com seus cãezinhos. Escreve a autora: “E nem naquele momento o cachorro deixa de fazer cocô. É isso, afinal, a vida. Só ao morrer descobrimos que essas cenas e esses dias patéticos são grandiosos. E que há poesia mesmo no cachorro que caga”.
Incômoda e fascinante, a prosa de Eliane reafirma as condições de mãe e de filha e, mais do que qualquer outra coisa, testemunha o nascimento maduro de uma grande ficcionista.


CÍNTIA MOSCOVICH* *ESCRITORA E JORNALISTA, AUTORA DE “DUAS IGUAIS”

SARAU DA COOPERIFA...

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SARAU MAGNÉTICO

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fotos: viviane de paula
Povo lindo, povo inteligente,


o sarau da Cooperifa é como ímã, gruda no coração da gente. Noite linda!

Obrigado a todos e todas que compareceram ao lançamento do "Poesia magnética" e deram um briho a mais nesta noite em que a poesia é, e sempre foi, a estrela principal.

Se dependesse de mim não faltaria comidas na geladeira de ninguém. Nem poesia.

É isso. Poesia sempre.


abs.


sergio vaz

vira-lata da literatura






Camila Trintade


Pergaminhos do mar vivo



As minas


Povo lindo, povo inteligente


A lista


Ô lugar!


Vista panorâmica do sarau


Sarau visto do espaço




Paola


Enzo




Luiz trumon







Fuzzil


Os ímãs







"O final é quando você desiste"

quarta-feira, 22 de junho de 2011

CRÔNICA DE ANIVERSÁRIO (domingo/26)

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AMIGOS DÃO SORTE - Sérgio vaz


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São só 18.110 dias, parece pouco, porém de onde venho chegar nesses números são muito importantes. Nada a ver com numerologia, mas com sobrevivência.


Nasci contra a vontade dos astros no vale do Jequitinhonha, norte de Minas Gerais, o lugar mais pobre do mundo. Dois irmãos não tiveram a mesma sorte. Minha mãe era negra, meu pai continua branco.
De forma irônica, a parteira que ajudou minha mãe a dar a luz tinha um olho só, mas com espírito iluminado, disse que eu era um bitelão. Era um vinte seis de junho de mil novecentos e sessenta e quatro, inverno no sudeste, as vinte e uma horas e trinta minutos, do signo de câncer. Um dia como outro qualquer, tanto é, que às vezes, até eu esqueço.
Cresci sem bolo, sem vela de aniversário, sem pedidos, sem brinquedos e, sem desmerecer ninguém, durante muito tempo o travesseiro foi meu melhor amigo. Ele era triste também. Aprendi a dizer a verdade com ele. Mentir é coisa minha.
Sem sono passei muitas noites tentando enganar carneirinhos. Contava de dois em dois.
Dormir doía, assim como a vida.
Demorei pra gostar de viver e tinha uma tristeza que me visitava até mesmo nos dias de alegria. Por conta disso, aprendi a sorrir com economia. Quando dei por mim, por conta do desuso, alguns dentes me abandonaram. Deixava pra rir aos domingos.
Não tinha nem oito anos vi um homem morto caído nas garrafas dentro de um bar. Ele tinha um buraco na testa. Durante muito tempo achei que os fantasmas que me adotaram saíam dali. Daquele buraco. Não senti pena. Nem medo. Nem inveja.


Achei esquisito como a morte se apresentou pra mim, assim, dessa forma tão violenta. Tão estúpida.
Como naquela época morria muita gente assim, com buracos no corpo, acharam por bem fazer um cemitério onde meu time jogava bola. Se já não bastassem os meus fantasmas...
Quando o asfalto chegou tatuando as ladeiras, descia de carrinho de rolimã rindo como se fosse feliz, como se fosse outro. Não sei porque, mas o carinho do vento deixava a gente besta.
Tinha um amigo que morava num barraco de madeira que ria também. Um vez, eu e ele, fizemos um carrinho com pedaços da sala da mãe dele.
Um dia, cansado de bolinha de gude e empinar pipa em dias sem vento, a maça do amor lambeu meu coração. Achei que estava doente. Tão desacostumado com a alegria, chorei de felicidade. Eram lágrimas doces. Não é coisa de poeta, eram doces mesmo. Meu travesseiro chorou também. Foi a primeira vez que a vida me soriu.
Não lembro mais do rosto dela. Ela tinha todos os dentes, mas era eu quem ria pelos dois. Como ria naquela época.
Nesse tempo em que achava que era feliz comecei a trabalhar todos os dias: Sábados, domingos e feriados.


Anestesiado pelo amor não percebi a tristeza fazendo sombra no meu sol. Quando ele se foi, o amor, trabalhar me ensinou o valor da liberdade. Sem saber onde era Palmares fiquei ali por doze anos arrastando correntes enquanto arava os sonhos.


Por conta disso passei a amar com mais frequência, para esquecer a labuta.
Por solidariedade alguns amigos iam brincar comigo enquanto trabalhava.
Na senzala, Nelson Mandela começou a fazer sentido pra mim. Zumbi também.
E se já não bastasse um tronco, ainda por cima servi o exército. Então não era uma, mas sim, duas senzalas.
Um escravo para duas senzalas.
Meu irmão fugiu.
A escrava Isaura levava uma vida bem melhor que a minha. Ainda por cima ela não tinha que estudar. Era branca. E novela, por mais longa que seja, tem hora pra acabar.
Para mim todo bar tem um pouco de navio negreiro.
Lia os livros como quem foge das galés. Cada remada, uma página. Cada livro um continente.
Gabriel Garcia Márquez me ensinou a não ter medo de oceanos.
Neruda, a amar e despedir.
Clarice, atalhos para o coração.
Quintana, a ser moleque.
Gullar, a sujar o poema.
Lendo Victor Hugo descobri que já não era escravo de ninguém. De nada. Só de mim mesmo.
Cansado da banda de Chico, "fim de semana no Parque Santo Antônio" dos Racionais me pegou à toa na vida.
Analfabeto, escrevi alguns poemas que viraram livros. No lançamento fiz frango frito com salada de maionese. Isso já faz vinte anos. Ou, sete mil seiscentos e quarenta e cinco.
Por gostar das coisas certas, quase sempre fiz tudo errado.
Ser simpático me deixava bonito, mas foi a antipatia que me trouxe beleza.
Numa fábrica sobre ruínas ajudei a construir um sonho que tinha, sem saber que tinha.
Logo em seguida, o sarau, que ensinou outras pessoas a gostarem de poesia na periferia paulistana.
Tem gente que voltou a estudar só para aprender a escrever poemas.
Foi no sarau que conheci o seu Lourival, Dinho Love e Dona Edite. E mais um bando de gente sem noção da realidade. Gente que sonha enquanto faz. Um povo lindo e inteligente.Voltei a sorrir no lugar que me fazia chorar.
Outro dia soltamos mais de quinhentas bixigas no ar, todas com poesia.
Aprendi a joelhar e pedir perdão.
Tem dias que o sarau tem mais de duzentas pessoas ouvindo e falando poesia. Outras pessoas também escreveram livros na quebrada. Tem gente que não gosta de mim por causa disso. Outras já gostam. Vai entender.
Engraçado, de tanto sofrer acabei fazendo outras pessoas felizes.
Uma vez uma estava sorrindo distraidamente e uma pessoa me perguntou por que, naquele tempo não sabia, agora eu sei.
O amor de deu uma mulher e uma filha. Família me deixa feliz.
A felicidade tem dívidas comigo, por isso não faz mais do que a obrigação me manter alegre e satisfeito.
Mesmo feliz estou sempre revoltado.
Michael Jackson faz um ano que morreu. Gostava mais dele quando era preto. Lá pelos anos setenta, quando eu era triste também. Sabia dançar, agora...
Perdi alguns amigos que não sabiam que gostava deles. Devia dito quando eles estava vivos.
Não acredito em vida após a morte. Gosto de risco de desaparecer.
Está a maior garoa lá fora. Faz frio também. Dias de frio são bons para remoer lembranças.
Meu aniversário cai sempre em época de frio. Por isso careço de abraços. E de fogueiras.
Não sei quem me disse que estou ficando velho, desconfio que seja o contrário.
Apesar dos cabelos que começam a embranquecer estou aprendendo a ser jovem, mas quando corro não dá pra disfarçar que passei dos quarenta.
Em compensação, de tanto amar, meu coração não tem uma ruga sequer.
Sabia que de vez em quando eu fico rindo sem saber por quê? Deve ser riso represado.
Descobri que o destino não é confiável.
Rir é da hora.
Gosto de rir com amigos.
Falando em amigos... Tenho alguns. Inimigos também.
Amigos são pessoas que a gente escolhe pra sorrir com a gente. Pode até chorar, mas tem que rir também.
Descobri com o o passar dos dias que amigos dão sorte. Mesmo os azarados.
Queria agradecê-los. Como eu disse, são 18110 dias.
Sozinho ia não ia ter a menor graça.


SARAU DA COOPERIFA NO CEU CANTOS DO AMANHECER

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POESIA + ESCOLA = COOPERIFA

Poesia e cidadania

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Família Cooperifa

(clique na foto para ampliar nossos sorrisos)

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Povo lindo, povo inteligente,


ontem aconteceu mais um "Sarau da Cooperifa nas Escolas", projeto que visa levar poesia e cidadania nas escolas públicas da região.

Nesta quarta-feira estivemos no CEU Cantos do Amanhecer, aliás, que belo nome para uma escola, a convite do Prof. Fábio que também é poeta da Cooperifa, então, como sempre tem acontecido nas esolas, estávamos em casa.

O Bonde da Cooperifa foi lotado, e durante o sarau ainda chegaram os alunos e professos do CEU que também participaram do Sarau. Integração total.

Já fechamos com a escola que será uma das nossas bases culturais para a nossa Mostra Cultural que irá acontecer do dia 13 a 23 de outubro.

Em nome da Cooperifa queria agradecer a diretora Janaína e todas as pessoas MARAVILHOSAS deste CEU, que nos trataram de uma forma muito especial, e nos dando a certeza que estamos no caminho certo. Lado a lado com a educação.

No final tomamos uns caldinhos de feijão, mandioca e verde, junto com todos da escolas. Detalhe, foram preprados pelo professores especialmente para o Sarau. privilégio.

É isso. Falar é bom, mas fazer é melhor.


Uh, Cooperifa! Uh, Cooperifa!


sergio vaz

vira-lata da literatura