quarta-feira, 30 de junho de 2010

PRÊMIO CULTURA HIP HOP

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ÚLTIMOS DIAS PARA INSCRIÇÃO
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Prêmio Cultura Hip Hop135 iniciativas serão premiadas com recursos investidos de R$ 1,7 milhão
O Prêmio Cultura Hip Hop 2010 – Edição Preto Ghóez é uma realização das Secretarias da Identidade e da Diversidade Cultural (SID) e de Cidadania Cultural (SCC) – do Ministério
da Cultura -, em parceria com o Instituto Empreender e a Ação Educativa. O objetivo é selecionar ações e experiências de fortalecimento da Cultura Hip Hop em todo o Brasil.
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Nesta primeira edição, o concurso presta homenagem póstuma ao músico maranhense Márcio Vicente Góes (1971-2004), o rapper Preto Ghóez, um dos líderes do Movimento Hip-Hop Organizado do Brasil (MOHHB).
A premiação conta com recursos de cerca de R$ 1,7 milhão e contemplará 135 iniciativas de pessoas físicas, instituições e grupos informais nas seguintes categorias: Reconhecimento, Escola de Rua, Correria, Conhecimento (5º elemento) e Conexões.
Oficina de CapacitaçãoUma série de Oficinas de Capacitação serão realizadas em diversos estados brasileiros, e têm, como foco principal, dar esclarecimentos e orientações sobre o Edital. As oficinas serão ministradas por técnicos da SID/MinC, do Instituto Empreender e da Ação Educativa.
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Inscrições:
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As inscrições são gratuitas e estarão abertas até o dia 12 de julho. Os interessados poderão encaminhar suas propostas pelos Correios, ou preencher os formulários eletrônicos por meio das inscrições online no endereço (http://sistemas.cultura.gov.br/propostaweb/) já disponíveis na internet.
Os critérios, procedimentos e formulários de inscrição, necessários para a participação,
estarão nas seguintes páginas eletrônicas:
diversidade;
www.institutoempreeender.org
Conheça as Categorias
Reconhecimento: destinada a honrar personalidades ou coletivos importantes para o desenvolvimento da cultura Hip Hop no país, ao longo do tempo.- 10 prêmios, sendo dois para cada macrorregião do país.
Escola de Rua: voltada para iniciativas que, por meio dos elementos do Hip Hop, desenvolvam ações sócio-educativas, seja a partir de pedagogias tradicionais ou inovadoras.- 27 prêmios, um para cada Estado da Federação.
Correria: iniciativas que incidem sobre a geração de renda ou que criem oportunidades de trabalho para os envolvidos, tais como a criação de eventos e a confecção de produtos, dentre outras.- 27 prêmios, um para cada Estado da Federação.
Conhecimento: iniciativas que fomentem a realização de encontros, seminários e debates, ou a produção de estratégias para a difusão do Hip Hop.- 35 prêmios, sete para cada macrorregião do país.
Conexões: iniciativas que promovam o intercâmbio com outras formas artísticas afins à cultura Hip Hop, em particular as expressões culturais afrodescendentes, criando novas associações, incorporações estéticas e políticas, para além dos quatro elementos consagrados (Break, MC, DJ e Graffiti).- 35 prêmios, sete para cada macrorregião do país.
O movimento Hip Hop é uma expressão da cultura urbana, com desdobramentos em diversas manifestações artísticas, tais como a dança, a música e as artes plásticas.
No Brasil, o movimento surgiu em meados da década de 80, nos tradicionais encontros que aconteciam na Rua 24 de Maio, região central da cidade de São Paulo. Grupos como os Racionais MC’s, representantes da segunda geração, tornaram o movimento conhecido e respeitado em todo o país.
Serviço
Período das inscrições: de 16 de abril a 12 de julho.
Endereço para envio das inscrições:
Instituto Empreender
SCS QD 01 Bloco nº 28 Edifício JK Sala 23CEP 70 306-900Brasília – DF
Telefone do Instituto Empreender: (61) 3225-2780
Contemplados: Iniciativas individuais, de grupos informais e instituições.
Valor do prêmio: R$ 13 mil para cada iniciativa.
Endereço eletrônico: premiohiphop@acaoeducativa.org
Twitter: @premiohiphop
Assessoria de Imprensa: Alexandre De Maio
Tel.:(11) 64077784
Endereço eletrônico: alexandre.de.maio@hotmail.com

terça-feira, 29 de junho de 2010

V DE VERSO

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QUINTA-FEIRA TEM POESIA NO SESC CONSOLAÇÃO
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clique na imagem para ver a programação completa
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V DE VERSO
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Quinta-feira 19hs30
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Com Sergio Vaz, Caco Pontes, Chacal, Binho,Micheliny Veruncshk e João Bandeira
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SESC Consolação
Rua Dr. Vila Nova, 245
Área de Convivência
Grátis
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QUARTA-FEIRA É DIA DE SARAU DA COOPERIFA

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A POESIA A SERVIÇO DA COMUNIDADE
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foto: Mônica cardim
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SARAU DA COOPERIFA
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Quarta-feira 20hs45
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Bar do Zé Batidão
Rua Bartolomeu dos Santos, 797 Jd. Guarujá
Periferia-SP
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O PÚBLICO ENFRENTA FRIO E LOTA O CINEMA NA LAJE PARA ASSISTIR UOPIA E BARBÁRIE

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A COOPERIFA
AQUECE FRIO DE SÃO PAULO
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Povo lindo, Povo inteligente,
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eram mais ou menos 20hs30 quando começou a exibição do filme, nesse momento a noite estava quente uma lua cheia estampava o céu da nossa periferia, mas de repente bateu um vento frio em cima da laje, e uma nuvem, que deve ter vindo dos Estados Unidos, trouxe um frio de gelar os ossos, parecia um roteiro de filme de terror. É, mais de terror não tinha nada.
Na exibição do filme de Silvio Tendler "Utopia e barbárie" nem o frio, a novela, o jogo da seleção e nem mesmo o marasmo foi advesário para um público que lotou o Cinema na laje para prestigiar um dos melhores documentários exibidos no nosso quilombo.
Antes do filme o professor Carlos Gannazzi falou um pouco sobre os anos de chumbo e sobre o que foi aqueles anos pós-guerra. E era apenas um aperitivo para o que estava por vir.
Durante a exibição era possível perceber que o filme pegou a todos e todas de um jeito arrebatador, pois é um registro histórico sobre vários fatos do século 20 através de imagens e pela visão de vários cineastas. Uma verdadeira aula de história.
Depois do filme fomos para um bate-papo pilotado pelo jornalista José Arbex (Brasil de fato), Senador Eduardo Suplicy, Professores Alípio Freire, Luciano e Alessandro, e pelo ativista da causa Palestina Ibrahim.
É isso mesmo que você está lendo, em plena segunda-feira fria, na Cooperifa, periferia de São Paulo, estava rolando um tremendo debate sobre o filme e sobre as utopias que ainda alimentam jovens no Brasil e no mundo inteiro.
A Comunidade pirou com o eletrizante debate que se formou em torno do documentário.
O senador Suplicy falou da utopia do renda mínina, que é uma de suas causas, o José Arbex falou sobre o pessimismo em relação ao país e enfatizou que a ditadura no país ainda não acabou, pelo contrário, está apenas camuflada, o Alípio Freire deu uma aula de democracia e se mostrou menos pessimista que Arbex, apesar de concordar com a maioria de sua fala.
O professor Luciano disse que se considera um otimista em relaçao a um monte de conquistas da periferia, já o Alessandro se disse preocupado em saber que vários políticos que apoiaram a ditadura estão do mesmo lado do governo federal.
Algumas pessoas da comunidade disseram que o filme mostrou muitas coisas sobre a ditadura que nunca haviam aprendido na escola, e que o filme deu uma clareada para o entendimento para entender mais ou menos como foi o conturbado anos de regime militar.
Ah!, antes que me esqueça, no meio do debate o Suplicy entrou em contato com o diretor Silvio Tendler e ele participou via celular, e falou da importãncia do filme ser exibido na periferia, e que tinha ficado muito feliz pelo calor do debate. Queria aproveitar para agredecê-lo pela liberação do filme.
Bom, tudo isso rolando, cinema, comunidade, debates, nem preciso dizer que estava vivendo a minha utopia: uma periferia melhor pra viver.
É isso.
Só mais uma outra coisa, a laje quase caiu de tanta gente.
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Uh, Cooperifa! Uh, Cooperifa!
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Abs.
Sérgio Vaz


O Público lotou o Cinema na laje

Professor Carlos Giannazi


A laje quase caiu


O debate

Suplicy, Alípio Freire e José Arbex durante o debate

José Arbex: a ditadura ainda não acabou

Ligia e Suplicy

segunda-feira, 28 de junho de 2010

É HOJE O GRANDE DIA

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LANÇAMENTO DO FILME
UOPIA E BARBÁRIE NO CINEMA NA LAJE
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Cinema na laje é um espaço criado pela COOPERIFA e que acontece quinzenalmente às segundas-feiras para exibições de documentários e filmes alternativos de todas as partes do Brasil e do mundo, exibidos gratuitamente para a comunidade.
Também criado principalmente para dar luz ao cinema produzido pelos jovensda região, e levar cidadania através da sétima arte. As exibições ficam por conta da Paco´s Vídeo.
O cinema Paradiso da periferia também conta com um lanterninha vestido a caráter para dar um charme especial no projeto.
A Entrada é franca. A Pipoca é grátis. E a lua sincera.
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CINEMA NA LAJE
Apresenta:
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UTOPIA E BARBÁRIE, um filme de Silvio Tendler
"Histórias de nossas vidas ou ter 18 anos em 1968"
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Dia 28 de junho (segunda-feira) 20hs30
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Laje do Zé Batidão
Rua Bartolomeu dos Santos, 797 Chácara Santana
Periferia-SP
Inf. 83585965
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Assista o trailler do filme:
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Sobre o filme: No dia 23 de abril, chega aos cinemas de todo o país e no dia 28 de junho no Cinema na laje o filme “Utopia e Barbárie”, mais novo trabalho do cineasta Silvio Tendler, que se debruçou nos últimos 20 anos sobre o projeto. Partindo da II Guerra Mundial, o filme faz uma revisão nos eventos políticos e econômicos, que desde a metade do século XX elevaram ao risco e até ao desaparecimento dos sonhos de igualdade, de justiça e harmonia, em busca de entender as questões que mobilizam esses dias tumultuados: a utopia e a barbárie.
“Utopia e Barbárie” é um road movie histórico que percorreu ao todo 15 países: França, Itália, Espanha, Canadá, EUA, Cuba, Vietnã, Israel, Palestina, Argentina, Chile, México, Uruguai, Venezuela e Brasil. Em cada um desses lugares, Tendler documentou os protagonistas e testemunhas da história, os apresentando de forma apartidária, mas sem deixar de trazer um pouco do olhar do cineasta, que completa 60 anos em 12 de março de 2010.
Nas telas, Silvio Tendler trafega por alguns dos episódios mais polêmicos dos últimos séculos, como as bombas de Hiroshima e Nagasaki, o Holocausto, a Revolução de Outubro, o ano de 1968 no mundo (Brasil, França, Chile, Argentina, Uruguai, dentre outros), a Operação Condor, a queda do Muro de Berlim e a explosão do neoliberalismo mais canibal que a História já conheceu.
O cineasta foi à procura dos sonhos que balizaram o século XX e inauguram o século XXI. Ao longo de quase duas décadas de trabalho, Silvio Tendler fez uma minuciosa pesquisa e reconstruiu parte da história mundial, através do olhar de personagens com abordagens e trajetórias distintas, que ajudaram a compor um rico painel de nossa época. O diretor entrevistou inúmeros intelectuais, como filósofos, teatrólogos, cineastas, escritores, jornalistas, militantes, historiadores, economistas, além de testemunhas e vítimas desses episódios históricos.
Os dramaturgos Amir Haddad, Augusto Boal e Zé Celso Martinez, a economista Dilma Rousseff, o escritor e jornalista Eduardo Galeano, o poeta Ferreira Gullar e o jornalista Franklin Martins foram alguns dos nomes que concederam ao filme emocionantes depoimentos. Diversas vítimas, testemunhas e sobreviventes também narraram suas trajetórias, como a argentina Macarena Gelman e a brasileira nascida em Havana, Naisandy Barret, ambas filhas de desaparecidos políticos, além do estrategista do exército vietnamita, General Giap.
Cineastas de vários países também contribuíram com suas visões, como Denys Arcand (Canadá), Amos Gitai (Israel), Gillo Pontecorvo (Itália), Fernando Solanas (Argentina), Hugo Arévalo (Chile), Marceline Loridan (França), Mohamed Alatar (Palestina), Shin Pei (Japão), além dos cineastas brasileiros Cacá Diegues, Sérgio Santeiro e Marlene França.
Orçado em R$ 1 milhão, o longa-metragem conta com a narração de Letícia Spiller, Chico Diaz e Amir Haddad. A trilha sonora, especialmente composta para o filme, é assinada por Caíque Botkay, BNegão, Marcelo Yuka e pelo grupo Cabruêra.
Sobre o diretorSilvio Tendler é diretor de O Mundo Mágico dos Trapalhões, que fez um milhão e oitocentos mil espectadores; Jango, fez um milhão e Os Anos JK, oitocentos mil espectadores. Seu último longa-metragem, Encontro com Milton Santos, ficou entre os dez documentários mais vistos de 2007. Com seus filmes Silvio ganhou quatro Margaridas de Prata (prêmio dado pela CNBB), seis kikitos (Festival de Gramado) e dois candangos (Festival de Brasília).fonte: www.cartamaior.com.br

sábado, 26 de junho de 2010

SARAU DA COOPERIFA NAS ESCOLAS

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COOPERIFA + COMUNIDADE = EVOLUÇÃO
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Povo lindo, povo inteligente,
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ontem o sarau da Cooperifa se apresentou na Escola Mauro Zacarias que fica aqui no Parque Santo Antônio, numa noite repleta de poesia e história de luta. Explico. É que a Luciana Dias estava falando sobre seu pai Santo Dias, metalúrgico assassinado pela polícia militar (ditadura) no anos 70, e nós já fomos entrando num puta clima de luta, só que, através da poesia. Quem ainda não conhece Santos Dias e só acessar o google para conhecer.
O sarau da Cooperida juntou-se com os poetas da escola, sim, tinham vários e várias, e cada um melhor que o outro. Convidei todos para o sarau da Cooperifa de quarta-feira. Aliás, a escola zacarias já é nossa parceira há muito tempo.
É isso. A Cooperifa trabalha sempre pensando na comunidade. Poetas são da hora, mas eles vão e vem, assim como os editais, mas a comunidade, essa é para sempre.
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Queria aproveitar para agradecer a direção e os profesores pela parceria. Por esta noite linda.
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Sergio Vaz
Vira-lata da literatura









sexta-feira, 25 de junho de 2010

FAMÍLIA SARAU RAP

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OBRIGADO!
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clique na imagem e conheça a família Sarau rap
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Povo lindo, povo inteligente,
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o sarau rap de ontem foi uma noite muito especial pra mim, se já não bastasse a amizade e o compromisso com a poesia, esse grupo que frequenta o sarau há três anos, já virou uma família, e não adianta, é uma corrente difícil de quebrar. Puta orgulho dessa família.
Ganhei uma homenagem por conta do meu aniversário que só acontece no sábado, e fiquei muito feliz com o presente.
Sem mais delongas, tô nas ruas exercendo minha poesia, praticando meus sonhos.
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Obrigado família.
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Sergio Vaz
Vira-lata da literatura





Kafuris

NSN


Jairo e Duguetto

terça-feira, 22 de junho de 2010

SEMANA DE ANIVERSÁRIO, veja abaixo a programação:

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CRÔNICA DE ANIVERSÁRIO
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AMIGOS DÃO SORTE - Sérgio vaz
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São só 17.745 dias, parece pouco, porém de onde venho chegar nesses números são muito importantes. Nada a ver com numerologia, mas com sobrevivência. Nasci contra a vontade dos astros no vale do Jequitinhonha, norte de Minas Gerais, o lugar mais pobre do mundo. Dois irmãos não tiveram a mesma sorte. Minha mãe era negra, meu pai continua branco.

De forma irônica, a parteira que ajudou minha mãe a dar a luz tinha um olho só, mas com espírito iluminado, disse que eu era um bitelão. Era um vinte seis de junho de mil novecentos e sessenta e quatro, inverno no sudeste, as vinte e uma horas e trinta minutos, do signo de câncer. Um dia como outro qualquer, tanto é, que às vezes, até eu esqueço.

Cresci sem bolo, sem vela de aniversário, sem pedidos, sem brinquedos e, sem desmerecer ninguém, durante muito tempo o travesseiro foi meu melhor amigo. Ele era triste também. Aprendi a dizer a verdade com ele. Mentir é coisa minha.

Sem sono passei muitas noites tentando enganar carneirinhos. Contava de dois em dois.

Dormir doía, assim como a vida.

Demorei pra gostar de viver e tinha uma tristeza que me visitava até mesmo nos dias de alegria. Por conta disso, aprendi a sorrir com economia. Quando dei por mim, por conta do desuso, alguns dentes me abandonaram. Deixava pra rir aos domingos.

Não tinha nem oito anos vi um homem morto caído nas garrafas dentro de um bar. Ele tinha um buraco na testa. Durante muito tempo achei que os fantasmas que me adotaram saíam dali. Daquele buraco. Não senti pena. Nem medo. Nem inveja.
Achei esquisito como a morte se apresentou pra mim, assim, dessa forma tão violenta. Tão estúpida.

Como naquela época morria muita gente assim, com buracos no corpo, acharam por bem fazer um cemitério onde meu time jogava bola. Se já não bastassem os meus fantasmas...

Quando o asfalto chegou tatuando as ladeiras, descia de carrinho de rolimã rindo como se fosse feliz, como se fosse outro. Não sei porque, mas o carinho do vento deixava a gente besta.

Tinha um amigo que morava num barraco de madeira que ria também. Um vez, eu e ele, fizemos um carrinho com pedaços da sala da mãe dele.

Um dia, cansado de bolinha de gude e empinar pipa em dias sem vento, a maça do amor lambeu meu coração. Achei que estava doente. Tão desacostumado com a alegria, chorei de felicidade. Eram lágrimas doces. Não é coisa de poeta, eram doces mesmo. Meu travesseiro chorou também. Foi a primeira vez que a vida me soriu.

Não lembro mais do rosto dela. Ela tinha todos os dentes, mas era eu quem ria pelos dois. Como ria naquela época.

Nesse tempo em que achava que era feliz comecei a trabalhar todos os dias: Sábados, domingos e feriados.
Anestesiado pelo amor não percebi a tristeza fazendo sombra no meu sol. Quando ele se foi, o amor, trabalhar me ensinou o valor da liberdade. Sem saber onde era Palmares fiquei ali por doze anos arrastando correntes enquanto arava os sonhos.
Por conta disso passei a amar com mais frequência, para esquecer a labuta.

Por solidariedade alguns amigos iam brincar comigo enquanto trabalhava.

Na senzala, Nelson Mandela começou a fazer sentido pra mim. Zumbi também.

E se já não bastasse um tronco, ainda por cima servi o exército. Então não era uma, mas sim, duas senzalas.

Um escravo para duas senzalas.

Meu irmão fugiu.

A escrava Isaura levava uma vida bem melhor que a minha. Ainda por cima ela não tinha que estudar. Era branca. E novela, por mais longa que seja, tem hora pra acabar.

Para mim todo bar tem um pouco de navio negreiro.


Lia os livros como quem foge das galés. Cada remada, um livro. Cada livro um continente.

Gabriel Garcia Márquez me ensinou a não ter medo de oceanos.

Neruda, a amar e despedir.

Clarice, atalhos para o coração.

Quintana, a ser moleque.

Gullar, a sujar o poema.

Lendo Victor Hugo descobri que já não era escravo de ninguém. De nada. Só de mim mesmo.

Cansado da banda de Chico, "fim de semana no Parque Santo Antônio" dos Racionais me pegou à toa na vida.

Analfabeto, escrevi alguns poemas que viraram livros. No lançamento fiz frango frito com salada de maionese. Isso já faz vinte anos. Ou, sete mil seiscentos e quarenta e cinco.

Por gostar das coisas certas, quase sempre fiz tudo errado.

Ser simpático me deixava bonito, mas foi a antipatia que me trouxe beleza.

Numa fábrica sobre ruínas ajudei a construir um sonho que tinha, sem saber que tinha.

Logo em seguida, o sarau, que ensinou outras pessoas a gostarem de poesia na periferia paulistana.

Tem gente que voltou a estudar só para aprender a escrever poemas.

Foi no sarau que conheci o seu Lourival, Dinho Love e Dona Edite. E mais um bando de gente sem noção da realidade. Gente que sonha enquanto faz. Um povo lindo e inteligente.
Voltei a sorrir no lugar que me fazia chorar.

Outro dia soltamos mais de quinhentas bixigas no ar, todas com poesia.

Aprendi a joelhar e pedir perdão.

Tem dias que o sarau tem mais de duzentas pessoas ouvindo e falando poesia. Outras pessoas também escreveram livros na quebrada. Tem gente que não gosta de mim por causa disso. Outras já gostam. Vai entender.

Engraçado, de tanto sofrer acabei fazendo outras pessoas felizes.

Uma vez uma estava sorrindo distraidamente e uma pessoa me perguntou por que, naquele tempo não sabia, agora eu sei.

O amor de deu uma mulher e uma filha. Família me deixa feliz.

A felicidade tem dívidas comigo, por isso não faz mais do que a obrigação me manter alegre e satisfeito.

Mesmo feliz estou sempre revoltado.

Michael Jackson faz um ano que morreu. Gostava mais dele quando era preto. Lá pelos anos setenta, quando eu era triste também. Sabia dançar, agora...

Perdi alguns amigos que não sabiam que gostava deles. Devia dito quando eles estava vivos.

Não acredito em vida após a morte. Gosto de risco de desaparecer.

Está a maior garoa lá fora. Faz frio também. Dias de frio são bons para remoer lembranças.

Meu aniversário cai sempre em época de frio. Por isso careço de abraços. E de fogueiras.

Não sei quem me disse que estou ficando velho, desconfio que seja o contrário.

Apesar dos cabelos que começam a embranquecer estou aprendendo a ser jovem, mas quando corro não dá pra disfarçar que passei dos quarenta.

Em compensação, de tanto amar, meu coração não tem uma ruga sequer.


Sabia que de vez em quando eu fico rindo sem saber por quê? Deve ser riso represado.

Descobri que o destino não é confiável.

Rir é da hora.

Gosto de rir com amigos.

Falando em amigos... Tenho alguns. Inimigos também.

Amigos são pessoas que a gente escolhe pra sorrir com a gente. Pode até chorar, mas tem que rir também.

Descobri com o o passar dos dias que amigos dão sorte. Mesmo os azarados.

Queria agradecê-los. Como eu disse, são 17745 dias.

Sozinho ia não ia ter a menor graça.

SARAU DA COOPERIFA NAS ESCOLAS

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SEXTA-FEIRA 20HS
*depois sair correndo para o PANELAFRO
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SARAU DA COOPERIFA NAS ESCOLAS
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Sarau na EE Mauro Zacarias
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Sexta-feira 20hs
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Parque Santo Antônio
Periferia-SP
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SARAU RAP, quinta-feira 20hs

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A POESIA NÃO PARA
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SARAU RAP DE ANIVERSÁRIO
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SARAU RAP - Poesia das ruas
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Dia 24 de junho (quinta-feira) 20hs
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Projeto "Poesia das Ruas" Ritmo e Poesia
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O Projeto Poesia das Ruas é um sarau dirigido a rimadores e rimadoras do Rap.
É um espaço para o exercício da criação poética.
Sem música, MCs declamarão suas letras, compartilhando talento literário.
Iniciativa do poeta Sergio Vaz,
o Sarau do Rap é realizado em parceria com a Ação Educativa
e acontece toda última quinta-feira do mês.
Nesta quinta-feira de aniversário o sarau promete várias surpresas e convidados especiais.
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Fundador e coordenador do Sarau da Cooperifa, Vaz, pretende buscar,através da oralidade, um incentivo para a criação poética.
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Rap é ritmo e poesia (rythman and poetry).
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Ação Educativa
Rua: General Jardim, 660 - Vila Buarque - SP
Entrada: Gratuita
Capacidade de lotação: 200 pessoas

SARAU DA COOPERIFA, QUARTA-FEIRA 20HS45

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"O SARAU DA COOPERIFA É QUANDO A POESIA
DESCE DO PEDESTAL E BEIJA OS PÉS DA COMUNIDADE"
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SARAU DA COOPERIFA
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Quarta-feira 20hs45
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Bar do Zé Batidão
Rua Bartolomeu dos Santos, 797 Jd. Guarujá
Periferia-SP
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SEMANA DE ANIVERSÁRIO, É SÓ POESIA

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QUARTA-FEIRA 15 HORAS
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ARRAIAL DA LITERATURA
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Bate-papo poético na Fundação Dixtal
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Quarta-feira 15 horas
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Fundação Dixtal
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Rua Geraldo Fraga de Oliveira, 624 – Jardim São Luis
Zona Sul-SP
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segunda-feira, 21 de junho de 2010

SARAU DA COOPERIFA NO MEMORIAL DA AMÉRICA LATINA

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A COOPERIFA NÃO PARA
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Povo lindo, povo inteligente,
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no sábado fizemos uma apresentação no Memorial da América Latina no evento que comemorava o dia do Espanhol, e só osso dizer que foi da hora. A Cooperifa tá foda.
É isso. As fotos dizem tudo.
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Sergio Vaz
hermano da Cooperifa



Marcio Batista

Elizandra

De lourdes

Cooperiféricos na concentração

A Massa

El público

Seu Jorge Esteves

Renata

Casulo




Sales

Dona Edite


NSN